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“SEREI O INTERLOCUTOR DE CADA COLEGA DO RJ”, AFIRMA PRESIDENTE SERGIO GONÇALVES

Sergio Gonçalves Ferreira tem acompanhado a história da Assojaf-RJ desde o início. Em 1984, após completar 11 anos como Oficial de Justiça do TRT-1, foi um dos fundadores da Associação que passou a representar os Oficiais de Justiça Avaliadores Federais no Estado do Rio.

Sergio Gonçalves: “Sempre entendi a Associação como um sacerdócio”

Desde então, a sua história tem seguido em paralelo à da associação. Com pós-graduação em Direito do Trabalho e a experiência de ter atuado como assessor jurídico de desembargadores, passou a realizar defesas administrativas de Oficiais de justiça. Até hoje, de um total de 200 defesas feitas, só duas (ou 1%) resultaram em punições de advertência.

“Ingressei na Assojaf-RJ por vocação e ideal. Sempre entendi a Associação como um sacerdócio”, resume Sergio, que assume seu nono mandato como presidente. Já são 11 consecutivos, se incluir o período em que exerceu os cargos de diretor jurídico e vice-presidente.

Nessa linha do tempo, Sergio participou de diversos momentos históricos da associação. Seja na organização da campanha que arrecadou fundos para a aquisição da atual sede, seja na construção de conquistas marcantes, como a Gratificação de Representação de Gabinete para os Oficiais de justiça da Justiça do Trabalho.

Em 1988, Sergio foi um dos autores do pedido administrativo, com base no princípio isonômico com os Oficiais da Justiça Federal, e que seria deferido pelo TRT-1. Assim como no pedido da FC-3 e da FC-5 para os Oficiais de Justiça do mesmo tribunal, do qual foi o autor. Concedido pelo Órgão Especial, o pedido foi confirmado mais tarde em decisão do TST que serviu de paradigma para os TRTs de todo o Brasil.

Ex-chefe da Divisão de Execução de mandados, o presidente da Assojaf-RJ diz que sempre encarou esse compromisso como uma “missão”. “Quem me conhece sabe da minha postura perante as autoridades judiciais. Reafirmo minha disposição de ser o interlocutor de cada um dos oficiais de justiça”, afirma.

Sergio acredita que a atual diretoria reúne a experiência necessária para dar continuidade ao legado positivo e corrigir o que for preciso. “O propósito é continuarmos atentos às justas demandas, sobretudo as que dizem respeito à segurança do servidor”, diz. 

Nesse sentido, o presidente da Assojaf-RJ sabe que o “novo normal” trazido pela pandemia da Covid-19 trará desafios bem particulares para os oficiais de justiça federais.

Para Sergio, a pandemia “aflorou potencialidades até então adormecidas e incentivou mudanças no convívio social e nas atividades profissionais, a tal ponto que não dá mais para arriscar que tudo voltará a acontecer como antigamente”.

Segundo ele, se o home office era considerado uma ideia a ser adotada no futuro, a pandemia acelerou esse processo. “Reuniões on-line se mostraram eficientes e o processo de digitalização acelerou de forma exponencial. Nesse sentido, o uso das ferramentas de pesquisa no auxílio do cumprimento das ordens judiciais tornou-se cada vez mais imprescindível”, analisa.

Mas o presidente lembra que a segurança seguirá como uma das maiores preocupações da diretoria da Assojaf-RJ no triênio 2021-24.

“A despeito da necessidade de distanciamento social, nós, oficiais de Justiça, continuamos trabalhando presencialmente nas ruas em cumprimento aos mandados ditos urgentes (ou não), para garantir à população o direito universal de acesso à Justiça”, pontua Sergio. Em razão disso, acredita que a postergação da pandemia só aumentará a exposição a riscos por que passam aqueles “que se dedicam dia e noite para que a Justiça continue a acontecer”.